1. O concurso literário “Uma Aventura…” destina-se a premiar trabalhos originais elaborados pelos alunos dos 2º e 3º ciclos.
* BANDA DESENHADA;
* CRÍTICA AOS LIVROS “UMA AVENTURA”;
50% domínio da Língua Portuguesa;
30% originalidade;
20% apresentação.
Não deixem de participar... quem sabe se será um de vós a receber o prémio das mãos da autora Ana Mª Magalhães?
Bom trabalho e boa sorte!
Tiago era um menino muito simpático que vivia numa cabana, no alto do monte. Ele sonhava que, um dia, poderia ir viver para a cidade.
Ele imaginava como seria se pudesse beber leite fresco sem ter de ordenhar a vaca, comer ovos sem precisar de ir ao galinheiro ou comer queijos sem precisar de os fazer.
Tiago vivia numa pequena cabana, muito velha e quase a ruir. Seus pais abandonaram-no quando ele tinha apenas 12 anos. Era um rapaz trabalhador e honesto. Queria trabalhar muito para juntar dinheiro e, finalmente, poder ir viver para a cidade. Ele não gostava da Natureza…
Dizia sempre que a cidade era um local mais divertido, cheio de adrenalina!
Finalmente, o dia desejado chegou. Tiago correu pelo monte fora e foi comprar o bilhete à pequena estação de comboios. Tinha de partir cedo porque, ali, os comboios só passavam uma vez por semana e muito cedo.
Tiago dá por si sentado a olhar para a janela e a pensar como a sua vida iria mudar. Quando chegou à cidade, tudo era diferente: havia edifícios enormes, pessoas apressadas, carros barulhentos e muito movimento nas ruas.
Na sua cabana, nunca passava ninguém. Ele estava habituado a estar só.
Procurou uma pensão. Mais tarde, depois de arrumar as suas coisas, decidiu dar uma volta pela cidade; não se podia afastar muito pois não conhecia aquele gigantesco lugar.
Durante a caminhada, apercebeu-se de que a cidade não era assim tão emocionante… Aqueles ruídos, as pessoas cheias de stress e as ruas tão movimentadas eram uma grande trapalhada!
Ninguém conhecia ninguém e todos desconfiavam de todos!
Decidiu voltar à pensão e recordou como era bom quando vivia na pequena cabana, no cimo do monte.
Não conseguiu dormir: pensava apenas na sua vida anterior!
No dia seguinte, levantou-se e gritou bem alto na janela:
- A Natureza é a minha casa!
Pegou nas coisas e foi directo para a estação dos comboios. Quando chegou, pousou as coisas à porta e foi ver os animais. Eles estavam alegres por ver o seu dono.
Tiago aprendeu uma lição: nunca se deve trocar a calma do campo pelo movimento da cidade.
É por esta razão que Tiago diz e afirma que a Natureza é e será, para sempre, a sua casa.
Paula Cerqueira Nº 26
2º LUGAR:
Um dia, num hospital, nasceu uma rapariga. Uma rapariga que, ao longo da sua infância, aprendeu manias muito más: achava-se mais feliz e mais poderosa porque tinha mais dinheiro!
No infantário era ela que levava uma lancheira de ouro com um verdadeiro banquete; era ela que vivia com empregados à sua volta…
Chamava-se Maria e tem, agora, 12 anos.
Um dia, decidiu ir a pé para casa (para manter a linha!) e, claro, seguiram-na dois guarda-costas. Ao passar num parque verde viu uma criança… ela parou e disse:
- Que falta de nível!
A criança levantou a cabeça, olhou para ela e respondeu:
- Por que achas isso?
- Porque estás aí sentado e vagueias pelas ruas sem saber para onde vais…
- Aí é que te enganas – diz a criança com um sorriso nos lábios.
- O quê?! – disse ela espantada.
- Eu moro na Natureza: eu acordo em cima da relva, que me aconchegou durante a noite; eu levanto-me e pego numa laranja, vinda directamente da árvore, e bebo o sumo acompanhado do chilrear dos pássaros; eu corro, sem parar, pelos campos de trigo; eu e os meus amigos jogamos à bola neste mundo sem fim…
- E para que serve tudo isso? – diz a rapariga.
- É a minha liberdade e a minha felicidade junto da Natureza, da minha mãe.
- E quem é a tua mãe? – diz ela, ainda mais surpreendida.
- É a Natureza! Agora é a minha vez de perguntar: de onde vem a tua felicidade?
- Acho que não tenho felicidade…
- Então, faz como eu: deixa a Natureza cuidar de ti!
- Tens razão!
E a rapariga, que vos contei cheia de manias, tornou-se uma rapariga alegre e liberta de problemas porque se entregou à Natureza e parou de a “magoar” com as suas fábricas poluentes.
Moral da história: a Natureza é a tua e a minha casa porque é ela que toma conta de nós.
O que era de nós sem a Natureza? Pensem e respondam a esta questão nas vossas cabeças…
Mário Barbosa Nº24
3º LUGAR:
- A Natureza é a tua casa.
- A Natureza é a minha casa, porquê?
- Porque tudo o que existe é Natureza.
- Ahh! Pois…
- Ainda não percebeste?!
- Não, mas espera… por que é que a Natureza é a minha casa e não de todos?
- Mas é a casa de todos, incluindo tu!
- Agora percebo.
Esta foi a conversa entre o Rui e a Joana.
O Rui e a Joana eram irmãos mas havia uma grande diferença entre eles: a Joana era muito inteligente, porém, o seu irmão era, quer dizer, não era muito… bem, o termo mais correcto é que ele era naturalmente… burro! Por isso, a irmã lhe estava a explicar o tema da aula nesse dia.
- Não podemos poluir, se não, estaremos a destruir a nossa casa.
- Daha! Isso é óbvio! Não sei quem é que é bom aluno aqui…
- Pronto! Agora, percebeste mesmo! A professora queria que chegássemos mesmo aí: não podemos poluir; não podemos atirar lixo para o chão, como tu fazes!
- Prometo que não volto a fazer: não vou sujar a minha casa!
- Óptimo!
E foi assim que o Rui aprendeu uma lição importante, dada na escola.
Rodrigo Silva Nº29